Um brinde à memória do sensacional Elino Julião

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Um brinde à memória do sensacional Elino Julião

Elino Julião Elino Julião

Informação geral
Nome completo Elino Julião da Silva
Nascimento 13 de novembro de 1936
Local de nascimento Timbaúba dos BatistasRio Grande do Norte
Brasil
Origem Rio Grande do Norte
País Brasil Brasil
Morte 20 de maio de 2006 (69 anos)
Local de morte Natal, Rio Grande do Norte
Gênero(s) forró
música brega
Ocupação(ões) Cantor

Elino Julião da Silva (Timbaúba dos Batistas13 de novembro de 1936 — Natal20 de maio de 2006) foi um cantor de forró conhecido pela forte ligação à cultura da região do Seridó, no Rio Grande do Norte.

Filho de Sebastião Pequeno, tocador de cavaquinho, concertina e harpa. Foi menino butador d'água junto ao seu estimadíssimo jumentinho "Moleque", no sítio Tôco, onde cantarolava batendo numa lata as modinhas que aprendia na festa de Santana em Caicó - RN. Na casa grande da fazenda, onde se reuniam os moradores da redondeza, Elino Julião fazia a alegria de seus amigos. Costumava sair da fazenda descalço e a pé, rompendo 18 km de caatinga para bater a famosa "peladinha" em frente à Igreja de Santana na cidade de Caicó e articular-se, claro, para cantar na sede do Caicó Esporte Clube, no domingo à tarde. Cantar para Elino, já era êxtase.

No ano de 1950, destemidamente o garoto de 14 anos carona no caminhão de Artur Dias e veio para Natal, se escondeu no bairro das Quintas e logo garantiu seu espaço para cantar no programa Domingo Alegre da Rádio Poti, junto ao radialista Genar Wanderley e no animado Forró da Coréia (onde hoje localiza-se a Arena das Dunas), forró esse que o inspirou a compor um dos seus grandes sucessos: "O forro da Coréia".

Menino esperto que trouxe no sangue as raízes do autêntico "forró pé de serra" do sertão nordestino, registrou e divulgou com originalidade e alegria a cultura e as tradições dos folguedos populares nordestinos por mais de de 4 décadas.

Confira o clássico "Força moral", de Elino Julião

Biografia de Elino Julião

Aos doze anos, saiu do Seridó e veio para Natal de carona no caminhão de Artur Dias, comerciante da região. Na capital, foi morar com uma tia no bairro das Quintas. Imediatamente, procurou espaço para sua música. Na Rádio Poti, Genar Wanderlei, finalmente lhe ofereceu uma oportunidade de se apresentar no famoso programa de auditório Domingo Alegre, lá pelos idos da década de 50. Conseguiu espaço e reconhecimento. Na rádio, cantava músicas de Luiz GonzagaJackson do Pandeiro e outros. Sob a bêncão do padre Eymard Lérecat Monteiro, amigo da família, retomou os estudos a noite no colégio Marista.

Julião ficou em Natal por dezoito anos. Durante esse período, serviu o exército, mas logo que se libertou das forças armadas voltou para a Rádio Poti, onde conheceu Jackson do Pandeiro. O já famoso Jackson o convidou para o Rio de Janeiro, onde foi morar e trabalhar como cantor, iniciando uma parceria que rendeu grandes frutos musicais e selou uma longa amizade. Como ritmista de Jackson, se apresentou nas rádios, tvs e viajou o Brasil inteiro. Elino confessa que não foi fácil gravar no Rio de Janeiro nos anos 50. "Passei muito tempo para gravar. Naquela época dos auditórios de rádio, a gente cantava mas não gravava. Só gravava quem tinha muita sorte e cantava mais que Vicente Celestino", lembra saudoso do amigo.

Foi na casa de Jackson, que Elino começou a compor suas primeiras músicas. Gravou seu primeiro disco em 1961, na gravadora Chanticlê, que além dele, lançava simultaneamente : Noca do Acordeon, João Silva, Geraldo Nunes, Mineiro e Teixeirinha. Do grupo só Teixeirinha fez um grande sucesso com coração de luto.- O sucesso do colega o desanimou e pensou em desistir da carreira, porém Jackson o estimulou e o levou para a gravadora Phillips, por onde lançava seus discos.

Foi na Philips/Polygram, que gravou seus primeiros sucessos: Puxando Fogo e Xodó do Motorista, que logo se transformaram em verdadeiros hits. Mas antes disso, suas composições já faziam sucesso. Entre elas Rela Bucho, na voz do pernambucano Sebastião do rojão. Em função do sucesso, foi convidado para uma gravadora maior, a CBS, hoje Sony Music, permanecendo por 23 anos.


Ainda no Rio, foi contratado da extinta Rádio Tupi e da rádio Nacional. Nesta última como convidado especial, já que só se apresentavam os cantores contratados pelo governo. Em meio ao sucesso saiu da "cidade maravilhosa" e foi para São Paulo trabalhar com Pedro Sertanejo (pai de Osvaldinho do Acordeon), ficando na terra da garoa por seis anos.

Luiz Gonzaga estreou na TV Cultura o show "Chapéu de couro" e o convidou para trabalhar como ritmista, permanecendo aí por mais três anos. Vale lembrar também que o seridoense morou com o Rei do Baião e seu irmão Zé Gonzaga, conhecido como o príncipe do forró, a quem Julião não se negava a dar uma força. Elino, Jackson, Trio Nordestino e outros do gênero saíram da CBS em 86, quando a gravadora, preferindo apostar nos internacionais Michael Jackson e Júlio Iglesias, alegou que estava em dificuldades.

O trabalho de Elino Julião tem um perfil regionalista muito transparente, que o caracteriza como um "autêntico cantor do nordeste". Ele tem extrema facilidade em compor a respeito das particularidades do seu povo, dos fatos do cotidiano. Um prático. Faz música de ouvido, letra e melodia. O seu forró é considerado genuinamente "Pé -de- Serra" dos melhores. Ele é conhecido como um dos artistas que mais participa das populares coletâneas de música junina, os "Pau- de- sebo".
Go Rock - Let's rock,baby"

Nos mais diversificados locais que se acenda uma fogueira, seja no sertão ou nas vilas suburbanas das grandes cidades, o repertório obrigatório ainda é o de Julião, como foi demonstrado no São João deste ano em Natal e interiores. Elino, é um homem, simples. Não é exagero mencionar que carrega na fala e no gesto a pureza e espontaneidade do verdadeiro sertanejo. O falar doce e manso traduz um romantismo que toca o coração, sem usar de maiores prolixidades.

Suas letras revelam também a irreverência e humor do nordestino. O artista não perdeu sua naturalidade, ainda que tenha sido presença constante das famosas rodas do histórico Hotel Glória/ RJ, e muitas vezes escolhido o artista do mês pelas rádios. Produziu 700 músicas, com mais de 40 discos em vinil e quatro CDS e  aos 63 anos ainda tem entusiasmo de sobra para lançar outro trabalho em breve.
Confira o clássico "Cofrinho de amor", de Elino Julião

Canções mais conhecidas

  • A festa do Senhor São João
  • Cajueiro de Pirangi
  • Filho de goiamum
  • Meu cofrinho de amor
  • Maria home
  • Na sombra do juazeiro
  • Na unha do guaxinin
  • O burro
  • O mela mela
  • O rabo do jumento
  • O Relabucho
  • Pedaço de Morena
  • Puxando fogo
  • Vamos fazer run-run
  • Ela me deixou e foi morar com o guarda
  • Tabúa da Maria

Discografia

  • 1968 - Tô na Praça
  • 1970 - Fogo na Geringonça (Coletânea)
  • 1971 - Aquilo
  • 1972 - Desafio (com Jacinto Silva)
  • 1973 - Xodó de Lado (com Jacinto Silva)
  • 1974 - Dois Sujeitos Incrementados (com Messias Holanda)
  • 1975 - Cara de Durão (com Messias Holanda)
  • 1975 - Seleção de Carimbó
  • 1976 - Forró e Mulher
  • 1977 - O Enganador
  • 1978 - Coração Louco
  • 1979 - Meu Coração é das Mulheres
  • 1980 - Preço do Amor
  • 1981 - Meu Bauzinho de Felicidade
  • 1981 - As Mulheres Merecem Flores
  • 1983 - Coração Doce
  • 1983 - Na Sombra do Juazeiro (com Lucymar)
  • 1984 - Arrastando a Vida
  • 1984 - Eu de Cá, Você de Lá (com Edson Duarte)
  • 1985 - Puxando Fogo (Coletânea)
  • 1986 - Só Gosto de Você
  • 1992 - Simplesmente Elino Julião
  • 1998 - Vamos Fazer Run-Run!
  • 2000 - Canto do Seridó
  • 2002 - Canto do Seridó II
  • 2006 - Dentro do Movimento
Fontes de pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livrehttps://www.letras.com.br/elino-juliao/biografia, Força moral - Elino Julião
Tags: Elino Julião, Cofrinho de amor, Força moral, anos setenta 70, brega pop, anos 60, 70, 80, 90, 2000... E assim surgiu o "goROCK", um estilo que mescla o brega, o samba e outros estilos ao rock, por meio da pegada original dos estilos ao peso dasguitarras do rock in roll. Na onda veio o bar de mesmo nome, e foi no bar que nasceu a bebida contagiante goROCK, ou seja, uma mistura de "vá rock" (go rock [algo parecido com "let's rock", ou "vamos ao rock", "vamos arrasar", "vamos balanças"]) com "goró" (gorock)....